A epilepsia refratária a medicamentos, também conhecida como epilepsia fármaco-resistente (ou epilesia refratária), é uma condição em que as crises epilépticas não são controladas de forma satisfatória após o uso de pelo menos dois medicamentos anticrise (FACs) adequados, em associação ou não, doses terapêuticas e administrados de forma correta.
Aproximadamente 30% das pessoas com epilepsia enfrentam essa forma mais resistente da doença. Essa situação pode impactar significativamente a qualidade de vida, já que as crises continuam a ocorrer, muitas vezes com frequência e gravidade elevadas.
As causas da epilepsia refratária podem incluir fatores como lesões estruturais no cérebro, condições genéticas específicas ou anormalidades no desenvolvimento cerebral.
Em alguns casos, a resistência ao tratamento pode estar relacionada a mecanismos biológicos que dificultam a ação dos medicamentos, como a presença de barreiras celulares que limitam a penetração dos fármacos no cérebro ou alterações nos receptores neuronais. O diagnóstico de epilepsia refratária exige uma avaliação criteriosa para excluir fatores que possam estar contribuindo para a falta de resposta ao tratamento, como diagnóstico incorreto ou má adesão ao uso dos medicamentos.
O tratamento da epilepsia refratária vai além dos medicamentos convencionais e pode incluir abordagens como a cirurgia para remoção de focos epilépticos, estimulação do nervo vago, dieta cetogênica e, em alguns casos, terapias experimentais como neuromodulação ou o uso de canabinoides medicinais. O manejo dessa condição é altamente individualizado, e o objetivo é reduzir a frequência e a gravidade das crises, melhorando a qualidade de vida do paciente. A integração de uma equipe multidisciplinar é fundamental para oferecer suporte abrangente e explorar todas as opções terapêuticas disponíveis.